quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Dr. Estevão concedeu entrevista ao Jornalista Jorge Costa em seu Blog.

ACOMPANHE.

Dr. Estevão reafirma: PCdoB é independente

Dr. Estevão e minha filha Iasmin no dia em que ela nasceu

Conversamos na noite de ontem com o vereador Estevão Farias Vale, presidente do PCdoB local, médico e um gentleman!
Reside em Massapê há 12 anos; tem uma folha enorme de serviços prestados aos massapeenses, e, bastante ético; nunca misturou política com medicina, sua profissão. Eleito em 2008 pelo PRB, foi o 4º vereador mais votado do município e após tres anos no PRB, sem apoio e sem prestígio no dito partido, resolveu unido a alguns amigos, sair do PRB e ingressar do PCdoB, recebendo a missão de comandar os camaradas em nossa cidade. Confiram a entrevista na íntegra:

JC - É um grande prazer para mim entrevistar ao Dr. Estevão, meu amigo, e, a primeira pergunta que faço ao Sr., é a mesma que fiz aos demais entrevistados em nosso blog: Dr. Estevao é pré-candidato a vereador, ou poderia, em virtude de hoje ter um partido nas mãos, no caso o PCdoB, vislumbrar uma candidatura a vice coligando-se com algum outro partido?

EST - Jorge o prazer é todo meu falar com você, boa noite; assim a principio Jorge eu não tenho esse sonho de ser vice ou ser prefeito agora em 2012 não; tudo é possível em política, nunca a gente pode dizer não, nem nunca jamais, mas a princípio em 2012 a minha intenção é ser candidato a vereador mesmo.
JC - Acredito que o Dr. Estevão deva ter lido as entrevistas que eu fiz aos dois membros do PCdoB, no caso o vereador Paulinho do Frigorífico e ex-vereador Auristélio; pois bem, nas entrevistas com eles, deu pra perceber que a oposição está um tanto quanto rachada. O vereador Paulinho afirma que o deputado José Albuquerque esfacelou o PRB, já o ex-vereador Auristélio afirma que foi traído pelo partido, em especial pelo Jacques Albuquerque e sua filha, a vereador Kélvia; essas declarações de companheiros seus podem prejudicar uma possível futura aliança entre ambos?(PCdoB - PSB - PMDB).

EST - Bom Jorge, eu não li a entrevista do Auristélio; estive sem internet esses dias e também estava viajando; eu vi a do Paulinho. A opinião deles tem que ser levada em conta; um partido se faz com todas as pessoas que estão dentro do partido; o que o Auristélio falar, o que o Paulinho falar, tem que se levar em conta, o que o Dr. Gerardo Soares falar, mas logicamente quem vai decidir será a maioria; não serei eu porque sou presidente quem vai tomar as decisões, até porque tem que se levar em conta que o PCdoB é um partido de esquerda, aliado ao governo Cig, ao governo Dilma e que faz oposição a nível estadual e federal ao PSDB.; então eu acho assim: O PCdoB vai fazer oposição ao PSDB por tendências ideológicas e por tendência ao que o partido decidir a nível nacional e estadual.

JC - Quer dizer Dr, que a nível municipal, os vereadores Estevão e Paulinho continuarão fazendo oposição ao PSDB, é isso?

EST - É Jorge, o Paulinho e Eu, temos que seguir o que o partido determina; a princípio, o PCdoB é um partido que faz oposição ao PSDB a nível municipal, porém, logicamente que as coisas poderiam evoluir de uma forma que em 2012, por contigência da maioria do partido a gente possa ter uma aliança até com o PSDB, pois nada é impossível em política municipal.

JC - Sabedor da sua amizade com o atual presidente da Câmara de Massapê, vereador Mazim Lira, acredito que o Sr. tenha tomado conhecimento de conversas surgidas dando conta de que o vereador Mazim iria deixar o PSDB e juntamente com o Dr. Estevão, Paulinho do Frigorífico e o Auristélio, iriam para um outro partido, a priori seria o PSD; depois comentou-se no PPL também; essa conversa tem fundamento? o Presidente da Câmara Mazim Lira estava tentanto mesmo formar esse Blocão?

EST - Jorge, desde que a gente articulou a campanha do Mazim para a Presidência da Câmara, Eu, o Paulinho, a Kélvia e o Ataíde, o que culminou com a sua eleição, a gente construiu uma amizade boa e realmente a gente cogitou essa possibilidade; sairmos dos partidos aos quais estávamos filiados e iríamos para o PPL e não PSD, pois o PSD era ligado ao deputado José Albuquerque, e a gente sair do PRB que já era comandado por ele e ir para o PSD onde ele tem grande influência, não faria sentido nenhum; então nós iríamos mesmo era para o PPL; mas o Mazim pensou bem em não sair do PSDB; talvez ele tenha visto que não seria uma boa pra ele, em termos políticos, em termos de futuro, e aí ficou mesmo no PSDB. Não sei, o futuro dirá se a gente vai estar juntos em alguma campanha, ou já em 2012 ou em 2016. Hoje, eu lhe garanto que existe uma amizade bem firme entre ele e eu. Já na política, hoje, somos adversários.

JC - Dr. Estevão, o Massapê todo reconhece os enormes serviços prestados pelo sr. à nossa comunidade. Eu, particularmente sou eternamente grato ao Sr. quando eu e minha esposa precisamos e num momento difícil, naquele parto complicado quando do nascimento da minha filha Iasmin, o Sr. foi  muito prestativo conosco e nunca nos pediu nada em troca. Acreditava-se que por conta de todos esses favores prestados pelo Sr. a milhares de massapeenses, a sua eleição para vereador seria uma das mais fáceis, mas parece que não foi. A pergunta que lhe faço é a seguinte: Prestar serviços em Massapê não dá votos, tem que se ter dinheiro para ser eleito?
EST - Jorge, acho que comigo aconteceu dois motivos; em primeiro lugar, eu não tinha em Massapê, uma família, um grupo familiar, parentes que me dessem apoio político em termos de estrutura e votos. Em segundo lugar, eu nunca misturei as coisas; política com medicina. Todo mundo que eu atendí ao longo desses doze anos que trabalho em Massapê, eu jamais pedi voto levando em conta o que eu já tinha feito por aquela pessoa, uma cirurgia, um exame, uma consulta. O meu eleitor foi livre; eu nunca disse para meus pacientes, homem ou mulher: Olha, vota em mim, eu já te prestei esse ou aquele favor; não, eu nunca fiz isso; Eu não acho correto exigir votos por que eu fiz uma cirurgia, consultei alguém, fiz algum favor dentro da minha área; inclusive a sua própria esposa serve como exemplo; eu operei ela e ela não votou em mim e eu não pedi pra ela votar em mim, você é testemunha; mas isso não mudou nada entre a gente; a política passa; e mesmo depois de eleito continuei fazendo o mesmo trabalho; atendo pessoas do PSDB que não votaram em mim, isso pra mim não importa. Quanto à minha eleição, eu acho que tive uma boa votação. Foi a primeira vez que eu fui candidato, não tinha nenhum familiar político; o que eu gastei não foi tanto dinheiro assim; considero a minha eleição uma eleição tranquila; fui o 4º mais votado dentre os 9 eleitos; eu não me decepcionei não; achei o número de votos obtidos por mim dentro do que eu já esperava.

JC - Dr., o Sr. há pouco afirmou que esse acordo que poderia ter sido concretizado entre Mazim, Estevão, Auristélio e Paulinho, todos indo para o PPL e não para o PSD porque era um partido ligado ao deputado Zezinho Albuquerque. Parece Dr. que o deputado em questão nunca valorizou as lideranças nem os vereadores do PRB em Massapê não é? Lembrando agora aquela famosa reunião em Sobral a qual vocês vereadores sequer foram convidados, o ex-vereador Auristélio afirmou que ao chegarem na dita reunião, sequer  ofereceram cadeiras, refrigerantes, coisa nenhuma a vocês. Porque esse distanciamento do deputado José Albuquerque com os vereadores do PRB aqui em Massapê?

EST - Eu não entendo bem. Nos primeiros dois anos como vereador eu estive na Assembléia algumas vezes, fazendo pedidos, não pra mim, porque eu nunca quis nada do deputado; fiz pedidos para a comunidade, pedidos de obras, pedidos até de empregos nas obras que estavam sendo feitas, na escola profissionalizante, nas estradas que estavam sendo construídas; tudo para  eleitores nossos. Os eleitores me pediam e eu como era ligado a ele ia lá na Assembléia fazer esses pedidos; Em algumas oportunidades sequer fui atendido pelo deputado, até que eu cansei de ir na Assembléia...Ir lá só pra passear e não ter atendimento...
Mas eu acredito Jorge que esse distanciamento começou porque nós não apoiamos o candidato dele para deputado federal que era o Balhmann. Nós votamos na Gorete Pereira, candidata do Jacques. Nós votamos no deputado Zezinho, mas mesmo assim ele achava que a gente devia votar no candidato dele a federal, só que entre o Zezinho que já era deputado estadual, que tinha o apoio do governador que não fez nada pra gente e o Jacques que também não fez nada pra gente, mas também não tinha nada, a gente decidiu apoiar o Jacques votando na Gorete e eu acho que o Zezinho não engoliu bem isso, ele queria mesmo que a gente votasse no Balhmann e eu não via porquê. Depois teve a eleição da Câmara que ele(deputado Zezinho) era contra o Mazim Lira; ele queria que a gente fizesse um sorteio e o nosso grupo de oposição aqui em
Massapê fez a articulação com o Mazim, impôs o Mazim e ele não aceitou; foi na Rádio do Mauro Luiz dizendo que não apoiava o Mazim, não apoiava
a nossa Mesa Diretora e aí se distanciou da gente. Acho que foram esses dois motivos e não vejo outros não.

JC - Como é que está o relacionamento hoje do vereador Estevão com o ex-prefeito Jacques Albuquerque?

EST - Jorge, é assim: O Jacques perdeu a eleição; e quem perde a eleição não pode dar nada a ninguém, a gente tem que respeitar; eu nunca cobrei nada do Jacques, tipo pedido, favor. Perdeu, perdeu, a gente tem que respeitar. Então entre ele e eu, a gente não tem nada pra falar. Quando ele vem aqui em Massapê, me liga, a gente conversa, eu tenho por ele amizade, respeito; ele nunca fez nada de ruim nem de bom comigo, mas se ele tivesse ganho, a gente ia exigir dele, mas como perdeu a gente não pode exigir nada dele.

JC - Dr. Estevão essa conversa que a oposição tá rachada, que o Jacques não abre da pré-candidatura dele a prefeito, que o deputado José Albuquerque também não abre; quando o Sr. esteve ali, ligado aos Albuquerque, existia essa conversa de um abrir pro outro, havia diálogo nesse sentido?

EST - Jorge, eu nunca tive nenhum diálogo com o Zezinho Albuquerque. Em tres anos eu nunca falei com o deputado mas que ir lá na Assembléia para fazer algum tipo de pedido e ele dizer que sim, que não; nós nunca tivemos nenhum contato maior que significasse uma amizade; nunca falei com o Zezinho sobre política municipal; ele sempre teve comigo algum distanciamento; realmente ele não quis o meu apoio político, ele nunca falou comigo, então eu não sei o que ele acha da política. O Jacques já disse pra mim que não abre, que é candidato, a menos que Deus não queira, mas que ele não abre pra nem um tipo de outro candidato; ele me disse que foi no Zezinho, tentou fazer uma pesquisa pra saber quem estava melhor, o Zezinho não quis, disse que só iria se manifestar lá pra abril, então ele decidiu ser candidato e diz que não abre. E quanto dizer que a oposição tá rachada, não tem como negar. O Antonio José também diz que é pre-candidato, vem aqui como pré-candidato, tem o seu grupo de apoio que não inclui a mim, nem ao Paulinho, nem ao Ataíde, nem a Kélvia, nem o Auristélio. Ele fez um grupo de apoio que inclui o Messias Arruda, o Michel lá do Salgadinho, o Zé Wilson, também do Salgadinho, o Jorge do Padre Linhares e o Potim que é amigo deles, mas nós, vereadores atuais, não fazemos parte do grupo do Antonio José, então como a gente é oposição, a gente acaba indo pro grupo do Jacques, quase que uma coisa obrigatória, já que o grupo do Antonio José não incluiu a gente; agora, se forem os dois candidatos, paciência...

JC - O sr. acredita que com toda essa celeuma, os dois sairão candidatos, um pelo PMDB e o outro pelo PSB?

EST - Olha Jorge, eu antes não acreditava, agora eu acredito. O Jacques já disse que não abre; o Zezinho, com nós vereadores já botou o pé atrás, não fala mais nem com a gente; o Antonio José vive em Massapê fazendo campanha com o seu grupo de apoio. Eu acredito que os dois sairão candidatos!

JC - O Auristélio disse o seguinte: A oposição unida na eleição passada perdeu a eleição, e agora rachada, não é entregar de mão beijada a prefeitura para o PSDB não?

EST - Jorge, a política não é matemática; a política é como futebol, existe resultado imprevisível. Em 2008 eu tinha certeza que ganharíamos as eleições; a gente tinha apoio do governador, todo mundo estava unido, tínhamos votações muito boas na sede e nos distrito, grandes comícios, grandes carreatas....Eu achava que ganhava em 2008, e perdemos. Então é assim: Na política nem sempre dá a lógica; é como futebol, a gente acha que vai perder e às vezes ganha, então, tudo é possível; em Massapê tudo é muito dividido; quem é PSDB vota no PSDB; quem é oposição, vota contra, seja no Jacques, seja no Antonio José, seja em quem for candidato. Acho que a eleição vai ser dura como sempre, isso se a oposição estiver unida, se estiver dividida, não tem nem o que pensar, a derrota é certa!
JC - A última pergunta: Eu tenho batido muita nessa tecla, falar dos meus dois últimos entrevistados, no caso o Paulinho e o Auristélio. Os dois me afirmaram que o PCdoB não vai se manifestar de forma alguma até o início do próximo ano; vai primeiro se estruturar, vai ouvir lideranças, para depois apresentar uma proposta de governo aos pré-candidatos e aquele que absorver melhor as propostas e a ideologia do partido, o PCdoB passaria a apoiar. Nessa conversação, entraria também o PSDB?

EST - Jorge, se não tiver nenhuma ordem superior, quer seja da executiva estadual ou federal para poder impedir que a gente converse com o PSDB, a gente pode conversar. Você sabe que o PCdoB é um partido muito organizado, a nível estadual e a nível federal; não sei se tem hoje algum impedimento do diretório estadual a se fazer coligação com o PSDB, mas se não tiver nenhum impedimento, a gente conversa com o PSDB; eu tenho muitos amigos no PSDB, pessoas que gostam de mim, como você, pessoas que sempre eu tenho contato, e não é por mim, nem pelo Auristélio, nem pelo Paulinho, nem pelo Dr. Gerardo, é pelo partido. O partido hoje tem essa posição, mas no futuro quem sabe o PSDB vem com uma proposta pra gente de, por exemplo, uma vice para o PCdoB; pra mim não, mas para o partido, o que eu acho pouco provável, mas tudo é possível; então a gente nunca pode dizer, ah, eu não vou querer o PSDB; não, o PCdoB de Massapê hoje, é um partido independente, que está na oposição por uma conjuntura ideológica, mas que em 2012 pode estar junto ao PSDB por condições políticas locais. Então Jorge, eu não posso dizer hoje que o PCdoB não apóia o Jacques, não apóia o Antonio José, não apóia o Jilsim ou o Luiz Pontes. Não, a gente não decidiu nada ainda; vamos ter nossa convenção, nossas reuniões; daqui pra abril a gente decide o que fazer e a quem apoiar. A princípio nós somos independentes de qualquer força municipal.

JC - Dr. Estevão, muito obrigado pela entrevista; foi muito bom conversar com o Sr. obrigado pela atenção; eu quero já antecipar os meus votos de sucesso para o Sr. nas próximas eleições, retornando à Câmara Municipal em 2013, porque apesar de Dr. Estevão ser oposição, tem feito um belo trabalho na Câmara; é um vereador preocupado com o social em Massapê, não tem atrapalhado a administração do prefeito João Pontes; eu diria até que tem ajudado com suas críticas construtivas. Por isso, eu afirmo: É interessante ter um representante do povo do seu nível na Câmara Municipal. Vou torcer pra que o Sr. possa realmente nos representar mais uma vez no nosso Legislativo.

EST - Muito obrigado Jorge. Eu faço política em Massapê sem nenhum interesse pessoal; meu interesse maior é Massapê; eu não tenho interesse em ganhos pessoais, nem ganhos familiares; não tenho nenhum parente empregado em orgão público, então a minha política em Massapê é totalmente voltada para o município. O que o prefeito enviar pra Câmara que for bom, a gente aprova, o que for ruim, a gente vota contra, mesmo perdendo na votação. Exemplo: Votamos no Massapê Vida Melhor porque é bom pra Massapê, para os massapeenses; tem isso não, ser contra o município, é ser contra a população; a gente não vai ser contra o povo porque o João Pontes, nosso adversário político mandou um projeto bom que a gente vai desaprovar, isso é bobagem. Repito: O que for bom para o povo, a gente aprova. Essa é a minha política, ser em prol do povo, seja de quem for o pedido, seja do Zezinho, do João Pontes, do Luiz Pontes, da Dilma, do Cid Gomes, sempre estarei a favor do povo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário